Ministro Og Fernandes, do STJ, defende investigação sobre venda de sentenças

Diante da polêmica envolvendo servidores do Superior Tribunal de Justiça (STJ) por suposto envolvimento em um esquema de vendas de sentenças em tribunais, que pode envolver assessores de gabinetes de ministros da Corte, o ministro Og Fernandes afirmou, em entrevista ao Estadão, que “quem está na vida pública precisa dar satisfação dos seus atos”.

Ele defende que o caso seja investigado de maneira severa, “doa a quem doer”. Ao ser questionado pelo veículo sobre a Operação Sisamnes, da Polícia Federal (PF), que apura o caso, o ministro disse que “é tempo de deixar a Polícia Federal apurar”. Na última terça (26), a operação prendeu Andreson Gonçalves, apontado como lobista de sentenças e chefe de um suposto comércio de decisões no STJ.

Ainda como resultado da investigação, três servidores da Corte foram afastados. São eles: Rodrigo Falcão, chefe de gabinete do ministro Og; Márcio José Toledo Pinto, que foi assessor nos gabinetes das ministras Maria Isabel Gallotti e Nancy Andrighi; e Daimler Alberto de Campos, chefe de gabinete de Gallotti.

O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), é o relator do inquérito. De acordo com o Supremo Tribunal Federal ainda não há “elementos sobre o envolvimento de magistrados de tribunais superiores no caso”. 

O STJ nega a ligação de ministros com venda de sentenças. O órgão destacou que uma investigação interna apontou para quatro servidores e afirmou que não vai se manifestar sobre a Operação Sisammes, “pois se trata de uma investigação que tramita sob sigilo no Supremo Tribunal Federal”.

Crédito: Bnews