Golpe do Pix: juiz começa a ouvir vítimas de suposta organização criminosa que desviou valores de TV
A Justiça da Bahia, através da Vara dos Feitos Relativos a Delitos de Organização Criminosa de Salvador, começou a ouvir nesta terça-feira (18) as vítimas envolvidas no caso que ficou conhecido como Golpe do Pix, no âmbito da operação que descobriu desvios e lavagem de dinheiro que deveria ser repassado a pessoas em situação de vulnerabilidade. A audiência é conduzida pelo juiz Cidval Santos Sousa Filho no Fórum Criminal de Salvador, em Sussuarana.
Apontado como um dos líderes do esquema, o apresentador Marcelo Castro chegou ao local de madrugada. Os outros 11 réus, como o ex-editor-chefe Jamerson Oliveira, também compareceram. A audiência de instrução e julgamento é uma etapa do processo judicial na qual as partes envolvidas apresentam provas e argumentos perante a Justiça. O objetivo é esclarecer os fatos e que o juiz tenha elementos para tomar uma decisão.
Ao todo, conforme apurou o BNews, sete vítimas serão ouvidas neste primeiro dia de audiência. De acordo com a denúncia do Ministério Público da Bahia (MP-BA), os jornalistas Marcelo Castro e Jamerson Oliveira seriam líderes do grupo.
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Os comunicadores, hoje na TV Aratu, teriam se apropriado de R$ 407.143,78, o equivalente a 75% dos R$ 543.089,66 arrecadados em 12 campanhas para pessoas em situação de vulnerabilidade na televisão, quando eram funcionários da Rede Record Bahia.
A emissora conduziu uma investigação interna e acionou as autoridades, o que levou à denúncia formal do MP-BA e a demissão dos envolvidos. A defesa dos réus nega as acusações. Eles respondem por crimes como apropriação indébita, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
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