ATENDIMENTO SUSPENSO: mães protestam por direitos de crianças autistas; tratamento foi suspenso há 7 meses

Desde o início da manhã dessa quarta-feira (04), mães de crianças autistas se reuniram em frente ao centro comercial Mundo Plaza,no Caminho das Árvores, onde está localizado o escritório da Unimed, em um protesto que denuncia a falta de liberação de terapias essenciais para os filhos. A mobilização, marcada por cartazes e palavras de ordem, reflete a angústia e a indignação de famílias que enfrentam a negativa do plano de saúde em fornecer tratamento psicológico adequado para crianças que, sem esse suporte, enfrentam sérias dificuldades.

Aline Franco, uma das mães presentes no ato, compartilha a realidade angustiante de sua filha, que está há sete meses sem o tratamento necessário. “É inadmissível que nossos filhos, que precisam de acompanhamento especializado, sejam deixados à mercê da própria sorte. Se tivéssemos que arcar com os custos de um tratamento particular, isso custaria cerca de 30 mil reais. Para muitas famílias, um valor assim é impossível de ser pago”, desabafa.

O protesto ganhou força ao se tornar evidente que a Unimed tem direcionado os pacientes para clínicas que não dispõem de profissionais habilitados para atender as necessidades específicas das crianças autistas. “Muitas crianças não estão indo para a escola porque não estão recebendo tratamento. Estão tendo crises diárias, e a falta de acompanhamento profissional só agrava a situação”, afirma Aline.

As mães relatam que, apesar da gravidade da situação, nenhum funcionário da Unimed compareceu ao local para prestar esclarecimentos. “Nos disseram que um responsável viria no final da tarde, mas, até agora, ninguém apareceu. Estamos aqui lutando pelos nossos filhos e não podemos ser ignoradas”, acrescenta.

Os problemas com a Unimed não são novos. Desde julho de 2022, as famílias têm uma sentença judicial que garante o tratamento, mas em maio de 2024, o plano suspendeu integralmente os atendimentos. Desde então, as mães têm enfrentado uma verdadeira batalha para garantir os direitos de seus filhos, que são garantidos por lei.

Tentamos contato com a Unimed, mas até o fechamento dessa reportagem, não obtivemos respostas.

Créditos: Alô Juca